segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Uma dose de atenção, por favor.

Demorei bastante pra postar sobre isso porque estava digerindo a informação, ou pelo menos tentando.
Já não é novidade a falta de condições mínimas nos hospitais públicos no país.Erros de médicos, enfermeiros, falta de leitos, ou de medicação já levaram milhares de pessoas a óbito. Essa criança foi apenas mais uma entre tantos, mas para a sua família ela não é só uma estatística, um número.
A notícia da menina que foi morta por um erro grosseiro, a troca de soro por vaselina é de conhecimento geral. E confesso que fiquei pessoalmente chocada com isso, talvez porque tenha algum contato com a área de saúde, e embora seja leiga, sei que há diferença visível entre as medicações. Apesar de ambos serem transparentes e numa foto parecerem idênticos, a olho nu é muito clara a diferença dada a viscosidade da vaselina que parece um óleo e é usado como lubrificante, e o soro que se parece com água.
Entendo que essa enfermeira deveria estar com uma sobrecarga imensa e que tanto a vaselina quanto o soro estavam em recipientes idênticos, e que ainda segundo ela a vaselina estava no armário dos soros quando deveria estar em outro lugar, mas o que poucas pessoas não se deram conta é que qualquer pessoa alfabetizada teria descoberto o erro, bastava ler o rótulo da medicação. É isso que mais me espanta nesse caso, os pacientes estavam sendo tratados de modo tão impessoal e automático que não eram dignos sequer de uma atenção mínima como ler o rótulo de uma medicação.
Agora pense se uma infusão de soro gerou um erro tamanho, imagine o que não podia acontecer com uma medicação fora do prazo de validade, um material cirúrgico mal esterilizado... Eu não culpo só a auxiliar de enfermagem que errou, é claro que ela tem a parcela de culpa dela, mas talvez isso não teria ocorrido se ela não estivesse tão sobrecarregada, ou se fosse melhor instruída durante sua formação. Bem a fatalidade já aconteceu, não há mais (humanamente falando) o que ser feito, mas está na hora de nós acordarmos e exigirmos que os doentes sejam tratados como gente, como uma pessoa que tem família, história, e não como um número, um dado, algo que pode ser facilmente descartado, esquecido. Só assim será possível dar alguma qualidade a saúde pública, afinal é de vidas que estamos tratando.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Autocrítica.

Feliz ou infelizmente tenho o dom da autocrítica, costumo ser meu mais impiedoso carrasco em tudo o que faço. Com o blog não é diferente eu já tive algumas dezenas de blos e sempre que ficava sem tempo pra postar excluia o pobre coitado. Decidi não fazer isso com este (por enquanto), mas aviso que estou absurdamente sem tempo, porque mesmo sem o início efetivo das aulas as lendas macabras sobre o curso de engenharia e o alto grau de reprovação das cadeiras me deixaram apavorada atenta e resolvi meter a cara nos livros de pré-cálculo, pré-física e afins. Então só devo aparecer por aqui quando ler algo muito bom, ou quando tiver com os neurônios exaustos de tantos números ;P
Enfim, é isso beeijo ;*

quinta-feira, 29 de julho de 2010

FELICIDADE

Acredite a felicidade está nas pequenas coisas.
Não imaginava quão feliz um pedaço de papel com meu nome escrito podia me fazer bem.
Aí vi meu nome no listão da Federal *-*
Sim, eu passei no vestibular.
Mais precisamente no curso de Engenharia da Universidade Federal de Pernambuco
Juro tô quase botando a cabeça fora da janela e gritando a plenos pulmões:
- EU PASSEEEEEEEEEI!
Não eu ainda não fiz isso, pelo bem dos tímpanos dos meus vizinhos.
Veja bem eu tô fazendo um post no blog só sobre isso então já dá pra imaginar né?
Bem, é só isso vou multiplicar minha felicidade por aí :)
Beeeijos ;*

terça-feira, 20 de julho de 2010

Dezoito primaveras.


Eis que é chegado o tão sonhado momento da maioridade, a possibilidade de fazer tudo que sempre quis todo aquele sonho construído ao longo da adolescência. Ou não. Desculpe-me por estourar sua bolha de felicidade, mas há de caber a alguém a árdua tarefa de fazê-lo. Junto com todo o pacote promocional de liberdade outrora prometido vem também mais responsabilidade, mais cobrança. Não vou ficar me lamuriando, dizendo que queria ser criança pra sempre, embora às vezes sinceramente acho que essa seria a melhor alternativa. Todavia temos que crescer, faz parte da nossa natureza. Acho que esse é o maior aprendizado da maioridade. Desculpe-me de novo mais vou ter que estourar mais uma bolhinha de felicidade sua: a gente não acorda diferente só porque é “de maior”. É só mais um aniversário como todos os outros, a diferença é que nesse você já pode beber legalmente. Afora isso não acontece nenhum acontecimento mágico que lhe faz virar um adulto de uma hora pra outra, infeliz ou felizmente amadurecer como tudo na vida é um processo lento. Aliás, essa foi a única conclusão importante que cheguei depois do meu aniversário. Sim, eu também tinha as bolhinhas de esperança que tentei estourar em você, estavam escondidas minúsculas no fundo do meu eu, mas existiam. Mais uma trágica notícia durante o processo de crescimento todos nós vamos ter que lidar com o que pra mim no momento vem sendo a maior das batalhas, aprender que você pode ter que sofrer as conseqüências de uma atitude que não foi sua. Não, não pretendo entrar no papo de consciência ecológica mundial nem nada do tipo, eu estou falando de uma escala bem menor desse processo, mais precisamente uma escala a nível familiar. É complicado ter que abrir mão de coisas que você quer porquê tem que lidar com as conseqüências de algo pelo qual você não pediu, mas acredite espernear e fazer birra não resolvem. Ok você pode dizer que escrever num blog também não, mas se eu tivesse a solução do problema eu já teria dado, não estaria aqui discorrendo sobre o assunto. Pois é, mais uma notícia não tão boa sobre crescer (agora dá pra entender porque às vezes tenho síndrome de Peter Pan né?) você não resolve seus problemas num passe de mágica, é tudo lento e doloroso, aliás acredito até que a maioria dos problemas não tem de fato uma solução. Não eu não estou incentivando você ao suicídio ou a uma vida anarquista. Só que acho que a maior parte dos problemas é como uma pedra gigante (no meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho, lembram?) não adianta água pra furá-la é perda de energia, o grande processo é aprender o caminho para contorná-la, ou seja aprender que a pedra sempre vai existir, mas que ela não precisa necessariamente impedir você de passar. Muita analogia? Acho que não né?! Mas no caso de alguém não ter entendido é o seguinte os problemas não vão deixar de existir você só vai aprender a não deixar que eles atrapalhem. Espero que seja assim, espero mesmo porque isso criou uma bolhinha de esperança dentro de mim, da qual não quero me livrar tão cedo. Ok texto gigante eu sei, e duvido que alguém venha a lê-lo completo, mas decidi que vou fazer esse blog mais pra mim do quê para os que lêem. Não é falta de respeito a meus poucos (e muito bons) leitores mas é que acho que estou precisando mais que nunca de uma válvula de escape e nada melhor que um blog né?!

P.S.: Eu sei que o texto ficou cheio de “né”, mas foi um texto-desabafo então não deu pra omiti-los *-*
Sorry e MUITO obrigada pela paciência se você chegou a ler tudinho :)

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Tímida.

— E você, por que desvia o olhar?

(Porque eu tenho medo de altura. Tenho medo
de cair para dentro de você. Há nos seus olhos
castanhos certos desenhos que me lembram
montanhas, cordilheiras vistas do alto, em miniatura.
Então
, eu desvio os meus olhos para amarrá-los
em qualquer pedra no chão e me salvar do amor.
Mas, hoje, não encontraram pedra. Encontraram flor.
E eu me agarrei às pétalas o mais que pude, sem
sequer perceber que estava plantada num desses
abismos, dentro dos seus olhos.)

— Ah. Porque eu sou tímida.

(Rita Apoena)


Um amigo me mandou esse texto e eu achei ele TÃO a minha cara que decidi postar aqui.
Créditos a Diego pelo texto liiindo {best
♥} *-*

terça-feira, 6 de julho de 2010

Nostalgia


Saudades de uma (nem tão) velha infância. Eita tempo bom! :]

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Das canções que não escrevi.

Certas canções que ouço
Cabem tão dentro de mim
Que perguntar carece
Como não fui eu que fiz?

Certa emoção me alcança
Corta-me a alma sem dor
Certas canções me chegam
Como se fosse o amor


{Certas Canções - Milton Nascimento}


Sempre tive uma ligação muito grande com a música, minha vida sempre teve trilha sonora. Acho graça às vezes, porque ao mesmo tempo em que vivo conectada com a música, nunca aprendi a tocar nenhum instrumento nem estudei nada sobre o assunto. Sou absolutamente leiga, só sei do que me agrada ou não. Vi a primeira estrofe dessa música no orkut de alguém (não lembro quem, pra variar ¬¬') sem saber que era uma música. Achei que era um pensamento, uma frase de autor desconhecido. Googleei e vi que era parte dessa música de Milton que eu não baixei ainda, mas que pela letra deve ser linda.